Uma nova educação para um novo humano

Precisamos tornar a nação mais eficiente em todas as áreas de atuação da sociedade agindo de forma justa, mas para tanto, esbarramos em idéias pré-concebidas e interesses sócios, políticos, econômicos e religiosos.

Muitas pessoas com grandes potencialidades deveriam ser encontradas e descobertas no ambiente social, mas infelizmente, não é o quê acontece. As condições sócio-econômicas impedem tal percepção e acabam por deitar caladas e até padecer no esquecimento importantes capacidades humanas, impedindo que produzam o melhor de si, não só em benefício próprio, como também em benefício da nação.

A educação tem que interferir nesta base, encontrar as qualidades dos educandos no intuito de possibilitar que integrem a sociedade de forma ativa e positiva, não os moldando ao sistema, mas permitindo-o conhecê-lo e inovar.

A nivelação de oportunidades no ensino visa encontrar potencialidades do educando para si e para a sociedade, porém, devemos nos esforçar para evitar os mesmos erros cometidos no passado. Temos que ter consciência que não somos mais um país colonizado, que temos uma importância enorme dentro do planeta, e que podemos e devemos escrever a nossa própria história.

Que a audição apurada do mudo e do cego nos permitam ouvir; que a visão perspicaz do surdo nos ensine a ver; que os cadeirantes nos ensinem que o mundo pode se construir com as mãos e assim por diante, pois é aprendendo com as diferenças que seremos capazes de fazer e ser, o melhor.

Semear a justiça, entre todos os estudantes para colhermos eficiência e prosperidade, e incentivarmos a todas as áreas do conhecimento, pois não precisamos, só de médicos, advogados e engenheiros, precisamos de bons pedreiros, ajudantes gerais, secretárias...

Não há mérito maior de quê dar oportunidade a todos, pois o mundo se constrói, a partir de todas as diferenças e potencialidades. Descobrir e ajudar o astro, não é a tarefa das mais difíceis, mas justificar todas as potencialidades humanas dentro da sociedade, harmonizando e permitindo o crescimento e o progresso, a isto sim, se presta à Educação.

Sua tarefa é encontrar a utilidade de todos dentro da sociedade, sejam gênios, apenas indivíduos comuns ou especiais. Todos se precisam e necessitam para viver em sociedade, único local onde o homem encontra a sua real essência humana.

Durante muito tempo nos afastamos do que somos e perdemos pelo caminho, a fé, os valores, o amor e a convivência harmônica. Criamos seres individualistas, interesseiros, egoístas, sofridos, extremistas, radicais, magoados, cheios de raiva, vingança e ódio no coração.

No Brasil, cultuamos uma política de cultura colonizatória da qual ainda não conseguimos nos desvencilhar, de onde o quê vem de fora é melhor, e temos que nos sujeitar as regras vindas de lá, pois que assim, progrediremos como eles.

É hora de acordar deste pesadelo medonho, onde não somos capazes de ser livres e verdadeiramente democratas. Precisamos acabar com o ensino acrítico; precisamos conhecer e viver a nossa realidade; precisamos nos permitir ter acesso a todas as formas de ensino formal e não-formal.

Necessitamos de uma escola igualitária e justa para todos, mas é preciso respeitar as diferenças incluindo a todos no processo educacional. Se voltarmos nossas atenções a educação básica, o todo educacional crescerá consequentemente, mas sem os alicerces, estamos contribuindo cada vez mais à decadência da educação brasileira.

Obviamente, temos que mudar e rápido antes que não haja possibilidades para a mudança, antes que tenhamos que começar tudo de novo entrando num processo retroativo sem limites.


Nice Aranha

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