A Nova Escola

A nova forma do funcionamento e reestruturação do capitalismo no mundo globalizado tem gerado novas realidades sociais, políticas, econômicas (neoliberalismo), culturais (avanços científicos e tecnológicos = sociedade informacional, difusão maciça, mudanças na produção, circulação e consumo da cultura) e geográficas, que afetam os processos de produção e organização do trabalho, alterando o perfil dos trabalhadores, repercutindo na qualificação profissional e nos sistemas de ensino e nas escolas, com o aumento do individualismo e redução do peso das políticas públicas e coletivas, na solução de problemas humanos e sociais.

Assim, a nova escola deve promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos alunos; promover condições para o fortalecimento da subjetividade e da identidade cultural (criatividade, sensibilidade, imaginação, diversidade); preparando sua formação geral (científica, cultural e tecnológica = domínio e uso crítico), capacitando o aluno para o trabalho e para a convivência dentro da sociedade; formando-o para a cidadania crítica (sustentabilidade, consumo, formação política, capaz de integrar e transformar o mercado de trabalho), e desenvolvendo sua formação para valores éticos e práticas morais (caráter, atitudes, convicções humanistas e humanitárias). 

Hoje, deparamo-nos com a separação entre a cultura acadêmica e a juvenil, que prejudica a aquisição do conhecimento, devido à recusa dos jovens pelos valores convencionais (esforço, estudo, trabalho, pessoal, sacrifício, temperança, persistência), a crise do papel sociabilizador da escola (mídias, mercado cultural, consumo, grupos de referência), o descaso da elite dirigente com o investimento no sistema de ensino (escolas, professores, condições materiais e didáticas, equipamentos e formação continuada), a discórdia dos educadores, legisladores, pesquisadores em relação aos objetivos e funções da escola. 

De modo que, como Libânio, coaduno com a teoria histórico-cultural e desenvolvimental (Lev Vigotyk, Leontiev, Luria, Galperin, Davídov), onde o ensino permite a apropriação da ciência e da cultura, ampliando e promovendo o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral (mediação cognitiva e didática), mas de forma dedutiva e indutiva, possibilitando que o processo de aprendizagem, realize não só a assimilação, como também, a utilização eficaz e eficiente dos conhecimentos. 

* PRÁTICA DE ENSINO DAS MATÉRIAS PEDAGÓGICAS DO ENSINO MÉDIO

 Nice Aranha 
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais 
Pedagoga Social/Pedagoga

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