A Educação vista por mim

A EDUCAÇÃO VISTA POR MIM


Quando ouvimos que a educação das décadas de 60,70, 80 e 90 eram melhores que a atual, não deixo de dizer que é verdade. A família, se fazia presente, errando ou acertando,  não era ausente, não se negava à educação. Hoje...

Sabemos que as metodologias e recursos novos devem aperfeiçoar e melhorar o quê tínhamos e não os desqualificar. Agregar seria o correto. Mas, infelizmente, a educação e as pessoas mudaram, e tristemente constato, que não foi para melhor.

As pessoas delegam suas funções, esquecem de cumprir seu papel.


As palavras e a matemática vão sendo esquecidas, na violenta exigência de rapidez de retorno.

Geografia, história, química, física, biologia, línguas, moral e cívica... Esporte. Parte apenas dos noticiários, fatos poucos que a curiosidade aguçam...

A paciência, há muito esquecida, não retrata o cuidado com as coisas, com outros, com os animais, com a vida.

Apesar de tantos esclarecimentos que trazem à tona, lutas contra o racismo, o preconceito e as discriminações, não conseguimos vencer estas barreiras, mas colocamos uma brecha contra a tradição, limitação contra o avanço, e pior, brecamos o progresso como um todo.

Nas carteiras, educandos, cumprem a presença obrigatória, ao invés de buscarem o conhecimento e adquirir o saber...

Respeito e dignidade, perdidos entre afrontas, agressões e desvalores...

Perdidos, os jovens abandonados pela sociedade, pelas famílias, sem direção seguem abusados ou calados.

Apenas números se apoiam sobre os livros não lidos, as canetas não usadas, as informações não buscadas...

Ao trabalhar com jovens, descobri que sentem falta dos limites, que querem sentir o carinho e o amor, que deixamos de dar.


Queremos ter direitos, devemos antes cumprir nossos deveres.

Queremos justiça? Devemos antes, sê-la. No nosso cotidiano, nas pequenas e grandes atitudes e gestos.

Mudar é preciso, mais que isto, necessário. Senão, vamos apenas inverter papéis e continuar divididos...

Não generalizando, pois exceções há. Mas o quadro que vemos, é preocupante, alarmante, urgente.

Urgentemente, precisamos de Qualidade Humana, para um mundo melhor!


Nice Aranha
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais
Pedagoga Social/Pedagoga





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